terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Instituto Ricardo Brennand/ Recife/PE-Maio de 2010.














































(Fotografias: Bruno Pinheiro)

A falta de legendas nas imagens foi divido o pouco espaço de tempo que tive para fotografar.
Uma tarde não é o suficiente para se observar satisfatoriamente o museu.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

(Foto: Bruno Pinheiro - 2010 - Praça João Maria/Natal)


CRUZE OS DEDOS, O JOGO COMEÇOU!

Qual o torcedor de futebol que nunca praticou um determinado rito antes de uma final de campeonato que o “time do coração” está em campo? Nem mesmo os jogadores deixam de lado certas superstições, como por exemplo, entrar no campo com o pé direito ou fazer preces na trave do gol. Na incerteza dos resultados dos jogos, grande parte dos torcedores e jogadores acabam recorrendo ao poder do sobrenatural, buscando certa tranqüilidade e sensação de confiança através da evocação de uma ou de várias divindades. No tocante à religiosidade do brasileiro, são evidentes as marcas do sincretismo religioso, tendo em vista que com a miscigenação do português colonizador com o africano escravo e o índio nativo, formou-se um povo altamente religioso e cheio de fé. Não é difícil ver correntes de orações antes do início das partidas, ou até mesmo após um jogador marcar um gol, mostrar a camisa com dizeres agradecendo ao poder Divino. Com a festa da Copa do Mundo de futebol, o brasileiro mostra ainda mais a sua religiosidade, sendo possível perceber através das suas ações, a riqueza da pluralidade cultural que forma a nação brasileira. Sendo assim, neste clima da Copa, finalizo esta breve reflexão com fé em Deus que o Brasil sempre será campeão...

(Bruno Pinheiro Meira)
CRUZE OS DEDOS, O JOGO COMEÇOU!

É meus caros, os poderes mágicos estão no ar, neste clima da copa na África do Sul, não é difícil perceber a forte credibilidade dos sul-africanos quanto aos poderes das suas religiosidades, objetos como: cascas de árvores, raízes, ervas, restos de animais mortos como peles, ossos e couros de cobras podem ser utilizados em rituais mágicos sobrenaturais. Assim como nas feiras de Johanesburgo, nas feiras do nosso Brasil também é possível observar a presença de objetos utilizados na elaboração de determinados ritos. Bem provavelmente, nossos avôs conhecem pelo menos uma simpatia que promete algum determinado resultado, seja ele no âmbito do relacionamento familiar, na saúde ou até mesmo algum que pode ser utilizado para tornar campeão, algum time de futebol. Será que o fato de se praticar alguma superstição, pode levar alguém à vitória? Tanto na África do Sul como no Brasil, muita gente acredita que sim. Portanto, neste clima das partidas, ouso me apropriar de uma frase do grande Fernando Pessoa e fazer uma pequena modificação dizendo que “tudo vale à pena, quando a FÉ não é pequena”.

(Bruno Pinheiro Meira)

CRUZE OS DEDOS, O JOGO COMEÇOU!

E então, tem visto muitas práticas supersticiosas durante as partidas? Se Prestares atenção, ainda será possível percebê-las. Ainda mais nesta reta final da competição, em que as dificuldades dos times nas partidas são ainda maiores. E você tem praticado alguma superstição? Tem cruzado os dedos, tem dado batidinhas em madeira ou evitado ver gato preto? Estrelas como Kaká, Drogba e Maradona, podem ser consideradas protagonistas no tocante às práticas místicas neste campeonato. Kaká sempre ligado nas jogadas e nos céus, deixou sempre evidente a sua orientação religiosa. Drogba também se mostrou ser supersticioso, quando durante uma partida do campeonato, foi filmado entrando no campo dando pulinhos com o pé direito. E o Maradona nem se fala, para muitos a grande estrela da Copa, fazia nas vésperas das partidas do seu time, vários sinais da cruz. É interessante perceber que muitos dos rituais utilizados são originais ou variantes da Antiguidade ou Idade Média. Por exemplo, cruzar os dedos evoca uma cruz, ou seja, a cruz de Cristo. Bater na madeira é um ritual que desde os Celtas fora utilizada quando cultuavam divindades arbóreas, o mesmo posteriormente foi utilizado na sociedade medieval, num contexto social cristão, em que remetiam a esta prática um resgate à lembrança e poder da cruz em que Cristo fora crucificado. É... Vês só como as ações dos homens em tempos passados são presentes na nossa sociedade contemporânea? Portanto, será que há de fato rupturas totais na história? Contudo, nesta altura do campeonato, não podemos deixar de fazer referência também às festas juninas, vale a pena jogar uma “isca” de curiosidade em meio às práticas nas festas de São João e São Pedro. Provocando então, apenas mais um questionamento, lanço esta pergunta: qual a origem do ato de se acender fogueira neste período das festas? É meus Caros, as práticas místicas estão as vezes em ações em que a gente nem imagina... Que Juno, São João, São Pedro e Tupã façam próspera esta estação de inverno. Que mesmo havendo “catástrofes ambientais”, creio com uma fé inabalável, que serão benditas as futuras colheitas dos nossos “agricultores” da seleção! Afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca!

(Bruno Pinheiro Meira)