quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Conhecendo mais a história...

"[...] Finalmente, em 1896 apareceria o livro Judenstaat ("O Estado Judaico") do jornalista vienense Theodor Herlz, que daria aos princípios do sionismo uma imagem coordenada, conjugando as diversas correntes sionistas, até então ideologicamente mal delineadas e incoerentes. Este movimento foi definido como sionismo político.

Escrevia Herzl em O Estado Judaico:

Talvez pudéssemos ser completamente absorvidos pelos povos em cujo meio vivemos, se nos deixassem em paz somente durante duas gerações. O caso é que não nos deixaram em paz.


Não considero a questão judaica uma questão social ou religiosa, ainda que, por vezes, assuma esses aspectos. A questão judaica é uma questão nacional; para resolvê-la, teremos, antes de tudo, de convertê-la num problema da política internacional, cuja solução deverá ser encontrada pelas nações civilizadas, em conselho comum.


Não há ninguém suficientemente poderoso ou rico para tranportar um povo de um lugar de residência para outro. Só uma idéia pode consegui-lo. E a idéia de um Estado possui essa virtude. Nas longas noites de sua história, não cessaram os judeus de sonhar este sonho dourado: "No ano vindouro, em Jerusalém". Esta é a nossa frase tradicional. Trata-se agora de provar que tal sonho pode converter-se numa idéia clara como a luz do dia.


O Estado judaico é uma necessidade universal; por conseguinte, ele surgirá. Se a geração atual é ainda demasiado apática, atrás dela virá outra, superior e melhor. Os judeus que o quiserem terão seu Estado e o merecerão.


Queremos finalmente viver como homens livres em nossa terra e morrer em paz em nossa pátria. O mundo ficará liberto pela nossa liberdade, enriquecido pela nossa riqueza e engradecido pela nossa grandeza.


Foi propício o momento do lançamento da idéia. Na França ressurgia o anti-semitismo conduzindo ao processo do capitão Dreyfus, em 1894. Na Alemanha divulgavam-se as primeiras teorias da superioridade racial. Na Rússia continuavam as perseguições legais e físicas. Criou-se até uma Internacional Antijudaica. E distribuiam-se pelo mundo os exemplares, tirados aos milhões, do livro anti-judaico. Os protocolos dos sábios de Sião. Não é de espantar, pois, que já um ano depois do lançamento do Judenstaat, no dia 29 de agosto de 1897, se inaugurava em Basiléia o Primeiro Congresso Sionista Mundial. Participaram dele, provenientes de todos os países da Europa, centenas de delegados judeus, burgueses e socialistas, ateus e ortodoxos, conservadores e liberais, europeus e orientais. Abrindo o conclave, Herlz declarou:

Queremos colocar a pedra angular do edifício que um dia abrigará a nação judaica.


O sionismo consiste em voltarem os judeus ao judaísmo ainda antes de regressar à sua pátria.


Somos um povo: nossos inimigos conseguiram essa unidade, embora sem nosso consentimento.


Mas a questão judaica não é nem social nem religiosa; é nacional. E só poderá ser resolvida se a tranformarmos em problema político mundial para que seja discutido e resolvido pelas nações civilizadas em reunião mundial.


Ao findar o congresso, escrevia Herlz no seu diário: Se eu resumisse o Congresso de Basiléia numa simples frase que tereio o cuidado de não proferir em público, esta seria: em Basiléia fundei o Estado Judaico. Afirmá-lo hoje seria expor-se à zombaria. Mas provavelmente daqui a cinco anos, e daqui a cinquenta anos com certeza, o Estado Judaico surgirá. A nota é datada do dia 30 de agosto de 1897, dia final do Congresso. No dia 30 de agosto de 1947, a Comissão Especial das Nações Unidas - "nações civilizadas em reunião mundial" - recomendou o estabelecimento do Estado Judaico na Palestina."

MARGULIES, marcos, Os Palestinos. 1º ed. Rio de Janeiro. editora documentário,1979 p. 63-65.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Momento de descontração e informação. - O Brasil na 1º Guerra Mundial e a Batalha das Toninhas.



"A neutralidade, contudo, foi mantida, como pode-se observar pelo decreto 12.458, de 25 de abril, que declarava o País neutro no conflito que se estabelecia entre as Potências Centrais e os Estados Unidos, que tinham entrado em guerra em 9 do mês, ainda em função da campanha submarina irrestrita. Essa decisão moderada não foi bem vista por todos. O povo foi as ruas, clamando por uma reação mais forte do Governo, posição que foi apoiada por políticos da oposição, como Rui Barbosa, que fez um discurso dizendo que o mero abandono da neutralidade não seria suficiente – nada além da entrada na Guerra satisfaria a nação. Rui Barbosa colocava ainda que a posição do Brasil era semelhante à dos EUA, perguntando se as vidas dos brasileiros valeriam menos do que as dos norte-americanos, já que eles tinham entrado na Guerra e nós não."

"Do ponto de vista do conflito externo, a situação continuava a mesma, a campanha de submarinos prosseguia e o Brasil tinha que manter seu comércio de exportação de café, de forma que novos confrontos eram inevitáveis. Os navios alemães apresados aqui faziam parte da “Lista Negra” aliada, o que permitia a sua apreensão pelos aliados, mas o Brasil fez um acordo com a França, arrendando 30 deles (com tripulações brasileiras) e passando a usar os 15 outros, retirados da lista negra. Os que não se encontravam muito sabotados por seus tripulantes alemães (recolhidos em campos de internação no Rio de Janeiro), foram imediatamente postos em uso no comércio exterior. Um desses, o Macau, ex-Palatia, em 18 de outubro estava com uma carga de café a 200 milhas do Cabo Finesterra, quando foi parado por um submarino alemão. O capitão do navio, seguido por seu despenseiro, foram a bordo do submarino com os papeis do cargueiro, sendo aprisionados (e nunca mais vistos). O navio em seguida foi torpedeado.

O conflito já existia de fato e só restava ao governo brasileiro reconhecer a existência do estado de guerra (o Brasil nunca declarou guerra a ninguém). Assim, o presidente Wenceslau Brás enviou em 25 de outubro de 1917 uma mensagem ao congresso, onde dizia: ... não haver como iludir a situação ou deixar de constatar o estado de guerra que nos é imposto pela Alemanha”. O Congresso, no dia seguinte, aprovava o decreto 3.361, onde se “reconhecia e proclamava o estado de guerra iniciado pelo Império Alemão contra o Brasil”.

BATALHA DAS TONINHAS

A chamada Batalha das Toninhas foi um evento ocorrido com a Marinha do Brasil ao largo de Gilbraltar, em Novembro de 1918, ao final da Primeira Guerra Mundial.

Os navios da Divisão Naval em Operações de Guerra (D.N.O.G) receberam ordens do Almirantado inglês para seguirem para Gibraltar. O almirante Pedro Max Fernando Frontin fora alertado para tomar cuidado, pois o enconuraçado HMS Britânia, designado para acompanhar a flotilha brasileira havia sido afundado por um submarino alemão, e havia um alerta da presença de mais submarinos na área.

Nesse Contexto, o Cruzador Bahia confundiu um bando de toninhas com o rastro do periscópio de um submarino alemão, resultando no ataque ao cardume. A carnificina resultou em um massacre em massa do cardume, e por consequência, os alemãs não se deram conta do engano, e abandonara o que seria o ataque aos brasileiros.

Há relatos de um Comandante Alemão que vendo o que teria acontecido, disse:

- Se eles fizeram isso com um grupo de golfinhos, imagina o que farão conosco!


quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Achei bem interessante as informações que obtive quando lia sobre a expansão dos Estados Unidos em um livro didático de História Contemporânea (Trabalho e Civilização - Uma História Global) do Professor Doutor Ricardo Maranhão e a Mestre Maria Fernanda Antunes.

Confesso que o que me chamou mais atenção foi a area conquistada pelos EUA após uma guerra contra o México (1845-1848), como se pode ver no mapa. (só é clickar na imagem para amplia-la)

Curioso, analisando as imagens que já ví em videos de emigrantes mexicanos que tentam entrar "clandestinamente" no "território americano", onde dos quais muitos são presos ou até morrem durante o percurso, me lembrei da história dos Judeus e Palestinos e a terra em questão ("Estado de Israel") por esses povos.