terça-feira, 18 de agosto de 2009

Momento de descontração e informação. - O Brasil na 1º Guerra Mundial e a Batalha das Toninhas.



"A neutralidade, contudo, foi mantida, como pode-se observar pelo decreto 12.458, de 25 de abril, que declarava o País neutro no conflito que se estabelecia entre as Potências Centrais e os Estados Unidos, que tinham entrado em guerra em 9 do mês, ainda em função da campanha submarina irrestrita. Essa decisão moderada não foi bem vista por todos. O povo foi as ruas, clamando por uma reação mais forte do Governo, posição que foi apoiada por políticos da oposição, como Rui Barbosa, que fez um discurso dizendo que o mero abandono da neutralidade não seria suficiente – nada além da entrada na Guerra satisfaria a nação. Rui Barbosa colocava ainda que a posição do Brasil era semelhante à dos EUA, perguntando se as vidas dos brasileiros valeriam menos do que as dos norte-americanos, já que eles tinham entrado na Guerra e nós não."

"Do ponto de vista do conflito externo, a situação continuava a mesma, a campanha de submarinos prosseguia e o Brasil tinha que manter seu comércio de exportação de café, de forma que novos confrontos eram inevitáveis. Os navios alemães apresados aqui faziam parte da “Lista Negra” aliada, o que permitia a sua apreensão pelos aliados, mas o Brasil fez um acordo com a França, arrendando 30 deles (com tripulações brasileiras) e passando a usar os 15 outros, retirados da lista negra. Os que não se encontravam muito sabotados por seus tripulantes alemães (recolhidos em campos de internação no Rio de Janeiro), foram imediatamente postos em uso no comércio exterior. Um desses, o Macau, ex-Palatia, em 18 de outubro estava com uma carga de café a 200 milhas do Cabo Finesterra, quando foi parado por um submarino alemão. O capitão do navio, seguido por seu despenseiro, foram a bordo do submarino com os papeis do cargueiro, sendo aprisionados (e nunca mais vistos). O navio em seguida foi torpedeado.

O conflito já existia de fato e só restava ao governo brasileiro reconhecer a existência do estado de guerra (o Brasil nunca declarou guerra a ninguém). Assim, o presidente Wenceslau Brás enviou em 25 de outubro de 1917 uma mensagem ao congresso, onde dizia: ... não haver como iludir a situação ou deixar de constatar o estado de guerra que nos é imposto pela Alemanha”. O Congresso, no dia seguinte, aprovava o decreto 3.361, onde se “reconhecia e proclamava o estado de guerra iniciado pelo Império Alemão contra o Brasil”.

BATALHA DAS TONINHAS

A chamada Batalha das Toninhas foi um evento ocorrido com a Marinha do Brasil ao largo de Gilbraltar, em Novembro de 1918, ao final da Primeira Guerra Mundial.

Os navios da Divisão Naval em Operações de Guerra (D.N.O.G) receberam ordens do Almirantado inglês para seguirem para Gibraltar. O almirante Pedro Max Fernando Frontin fora alertado para tomar cuidado, pois o enconuraçado HMS Britânia, designado para acompanhar a flotilha brasileira havia sido afundado por um submarino alemão, e havia um alerta da presença de mais submarinos na área.

Nesse Contexto, o Cruzador Bahia confundiu um bando de toninhas com o rastro do periscópio de um submarino alemão, resultando no ataque ao cardume. A carnificina resultou em um massacre em massa do cardume, e por consequência, os alemãs não se deram conta do engano, e abandonara o que seria o ataque aos brasileiros.

Há relatos de um Comandante Alemão que vendo o que teria acontecido, disse:

- Se eles fizeram isso com um grupo de golfinhos, imagina o que farão conosco!


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