domingo, 30 de novembro de 2008

27/08/2008




Hoje na aula da Professora Márcia Portela apresentei um trabalho falando sobre a vida e obra do grande pensador da educação Jean-Jacques Rousseau. Segue o artigo feito por mim e Laiorrany Guedes:

ROSSEAU, UM EDUCADOR ESSENCIALMENTE HUMANO

Resumo: O tema desse trabalho fala sobre o ideal defendido pelo educador Jean-Jacques Rousseau, ao incentivar a educação, despertando a qualidade natural do ser humano. O objetivo é apresentar ao leitor de forma superficial a perseverança do pensador, escritor, teórico político, compositor musical e autodidata, sendo sem sombra de dúvidas muito importante para a história da educação. Nasceu na Suíça no início do século XVIII, perdendo a mãe poucos dias depois de seu nascimento, logo após foi abandonado pelo pai e teve sua infância e juventude marcadas por dificuldades, pobreza e solidão. Apesar dos obstáculos enfrentados não o impediu de se tornar um dos maiores mestres da educação de todos os tempos. Rousseau foi influenciado por Maquiavel, Mostesquieu, Diderot, Hobbes, dentre outros. Demonstrava intolerância à educação religiosa da época, promovida por padres ignorantes e fanáticos que acabavam transformando os homens em seres mesquinhos. O pensamento de Rousseau era incutido pelos ideais Iluministas, acreditando na evolução social, onde haveria (líderes políticos) esclarecidos, capazes de reformar a educação e a sociedade. Buscou, ao longo da sua carreira, sempre libertar as pessoas das cadeias da ignorância. As fontes consultadas para a produção do artigo foram alguns livros e sites que falam sobre a vida e as obras de Rousseau.

Palavras chave: Rousseau.Educação.Ideal.Vida.


Introdução

Estudar Jean-Jacques Rousseau é mais que estudar sobre a vida e as obras de um filósofo Suíço que se destacou na França com suas idéias e escritos. É poder ver os pensamentos iluministas e suas idéias pedagógicas, valorizando sempre o estudo de si mesmo, a vos da consciência.
Mesmo sendo um pensador da Educação do século XVIII, as suas teorias de ensino continuam desafiadoras em pleno século XXI, servindo como alicerce ao conhecimento no mundo contemporâneo e provocando no educador a busca do seu aperfeiçoamento no magistério.


Desenvolvimento do trabalho pedagógico.

Jean-Jacques nasceu em Genebra, na Suíça em 28 de junho de 1712, filho de Isaac Rousseau, relojoeiro de profissão. Sua mãe foi Suzanne Bernard que faleceu poucos dias depois de seu nascimento. Considera-se que o fato de sua mãe ter morrido em consequencia do parto, tenha marcado Rousseau desde criança. E pelo menos curioso que chamasse "mamãe" sua primeira amante e "tia" à segunda. Foi criado, na infância, por uma irmã de seu pai e por uma ama.
Ficou órfão de pai, no ano de 1722, quando este se desentedeu com um cidadão de certa influência, o ferio no rosto. Este incidente o obrigou a deixar os filhos em Genebra para não ser injustamente preso. Rousseau e o irmão ficaram sob a tutela do tio Gabriel Bernard, engenheiro militar, que era irmão de sua mãe e casado com uma irmã de seu pai.
Seu tio logo o enviou, junto com seu próprio filho, para serem educados no campo, na residência de um pastor protestante em Bossey, lugarejo próximo a Genebra onde ambos estudaram latim e outras disciplinas.
Em abril de 1725, Rousseau começa a trabalhar em uma oficina de gravação em cobre, onde a rudeza do patrão fez com que ele se desinteressasse pelo ofício. Correndo o perigo de tornar-se um marginal.
Em 1728, aos dezesseis anos, deixou Genebra e foi para a França, onde se converte do Calvinismo à Fé católica.
Com dezessete anos, em uma cidade da França chamada Annecy, encontra acolhida junto à Warens, calvinista convertida ao catolicismo e treze anos mais velha que ele. Esta se torna sua mãe substituta, inicia-o na literatura contemporânea, acolhe-o na própria cama e transmite-lhe as bases da sua formação.
Em 1742, muda-se para Paris, onde se emprega como secretário e professor particular. Lá também conhece Thérèrese Levasseur, uma jovem moça. Vivendo com ela coloca cinco filhos no mundo, e elogo após o nascimento, deixa uma a um numa casa de enjeitados, seguindo um costume bastante difundido na Paris de então. Só depois de vinte e cinco anos de vida marital, Jean-Jacques casa-se com Thérèse. Na velhice, também sente remorsos da culpa para com seus próprios filhos.
Em 1746, com a morte do pai, Rousseau recebe uma pequena herança dando-lhe condições para sobreviver mais folgadamente. Cultiva sua amizade com Diderot e liga-se a vários outros intelectuais.
Em 1749, escreve um trabalho para o concurso da academia de Dijon sobre a pergunta: "O renascimento das ciências e das artes contribuiu para melhorar os costumes?". Ele responde: Não! Como uma lógica não muito convicente, mas uma linha de pensamento e forma de linguagem fascinante, procura demonstrar o progresso cultural e civilizatório da humanidade que provoca o seu regresso moral. Desde então, numca mais emudeceram completamente as dúvidas sobre a utilidade das conquistas ciêntificas para o homem. Com esta obra, Rousseau se torna famoso da noite para o dia.
Nos textos seguintes, discute o problema da Origem e Fundamento da Desigualdade entre os Homens, declara a comparação como sendo o mal social fundamental e no "Contrato Social" desenvolve o modelo de um Estado ideal.
Nos próximos anos, tendo novamente voltado ao calvinismo, tenta manter-se como professor de música e copiador de partituras, como compositar de operetas e teórico musical e, finalmente, como escritor.
Em 1762, publica seu livro Emílio. Nele descreve a educação de uma criança que é retirada da influência dos pais e das escolas, isolada da sociedade e entregue a um professor ideal que a educa segundo os padrões da natureza e em contato permanente com esta. Por causa das idéias teológicas nele expressas é obrigado a deixar París. Perseguido e banido, refugia-se na Suíça e depois na Inglaterra. Só em 1770 recebe permissão de voltar. Completa então suas confissões e passa seus últimos dias de vida em grande solidão. No seu retiro, quer tranquilidade. Mas não se trata de esquecer-se de si mesmo, mas se entrar a si mesmo, e permanecer abandonado.
Na sua última obra, Devaneios de um caminhante solitário, encontra-se estas palavras: " aprendi a carregar o jugo da necessidade sem resmungar. Antes disso, sempre me forcei a participar de mil coisas; mas depois que pouco a pouco me fugiu tudo ao apoio delas, encontrei finalmente o meu repouso. Oprimido por todos os lados, conservo-me no equilíbrio, porque me apóio só em mim mesmo."
Em maio de 1778, mudou-se para Ermenonville, na França, para um pavilhão na propriedade do marquês René de Firardin, onde morreu pouco mais de um mês, em 2 de julho. FOi enterrado na Ilha des Peupliers no lago de Ermenonville, mas seus restos mortais foram removidos para o Panteon em Paris, durante a Revolução.


Considerações finais

Com as teorias difundidas por Rousseau começou a haver uma valorização no que se refere à questão psicológica na educação. A tendência é ver a educação a partir da criança, da sua natureza, dos seus instintos das suas capacidades, em oposição aos padrões e normas impostos pela sociedade. Muitas idéias propostas por Rousseau também influenciaram vários outros filósofos, e são discutidas até hoje, já que, em muitos aspectos, ainda se tenta realizar essas propostas.


Referências:

MARZ,Fritz. Grandes Educadores: Perfis de grandes educadores e pensadores pedagógicos. São Paulo: EPU, 1987.

PILETTI, Claudino. PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. 15 ed. São Paulo: Ática, 2001.

JEAN-JACQUES ROUSSEAU. Disponível em: Acesso em: 25 ago. 2008.

JEAN-JACQUES ROUSSEAU. Disponível em: Acesso em: 25 ago. 2008.

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